sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Casos verídicos

Maratona de Curitiba
“Iniciei os trabalhos no nosso treinamento a distância com o casal Analberto e Luciana Souza de Belo Horizonte um mes antes da maratona de Curitiba. Nunca haviam feito nem meias maratonas, iriam correr a Volta da Pampulha onde também não tinham muito preparo para essa prova. Diziam-me que conseguiriam pois a cidade é bonita, o passeio já estava montado, nem que fosse para fazer no tempo máximo de 6 horas.

Fizeram a Volta da Pampulha com um tempo relativamente bom (1h37min.) Nos percursos longos a partir dos 24 km ficava muito difícil, as dores musculares apareciam, aí se arrastavam até chegar 28 ou 30 km. Então, estudando as suas condições, calculei um ritmo confortável para chegar no máximo até os 20 km, intercalando com alguns alongamentos em dupla e foi o que ocorreu. A partir desse momento fizemos uma projeção entre caminhadas e corridas. Eles terminaram a maratona com 4:50:07, descançados e antes de dois corredores da nossa equipe, que inclusive correm demais pela própria "teimosia", pelo que vi em Curitiba, também chegaram na frente de muitos conhecidos de maratonas!!” [1]

No parque
“Todo mundo gosta de mostrar para as pessoas que corre num estilo bonito, que consegue correr mais forte, etc.
Isso acontece quando treinamos em lugares muito freqüentados, como nos parques. O sujeito sai para fazer a corrida dele, logo no começo do treino, ele indo e uma linda menina vindo, ele só para aparecer para ela aumenta o ritmo, estufa o peito, quer dizer, sai totalmente do estilo de corrida dele. O esforço está grande, o ritmo está extremamente forte, mas não perdendo a pose; porém quando a menina some de vista, ele volta ao velho estilo pesadão, ritmo fraco etc... Logo em seguida passa um outro atleta num ritmo mais forte, e ele tenta acompanhar e assim vai, o treino todo; um aumento e diminuição de ritmo. Isso o tempo todo, todo dia, ocasionando uma lesão, ou um overtraining. E isso acontece em todos lugares movimentados. Por isso, que a maioria dos técnicos fazem com que os atletas treinem em lugares sem muito movimento, podendo se concentrar no que está fazendo.” [2]

[1] Professor Luis Antônio Sturian
[2] Nilson Duarte Monteiro

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